Tal como a Medicina em geral, a Cirurgia Vascular tem progredido rapidamente com técnicas novas e eficazes para tratar os seus doentes. Dentro deste cenário, uma das técnicas recentemente introduzida e que permitiu uma melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes é o laser transdérmico. Neste artigo vamos entender melhor como e quando esta tecnologia revolucionária pode ser benéfica no tratamento da doença venosa crónica.
A Doença Venosa Crónica (DVC) começa com a presença de “derrames” ou “aranhas” vasculares, com progressão para varizes tronculares (que fazem saliência), edema (pernas inchadas), coloração escurecida e úlceras venosas (feridas nas pernas).
É muito frequente na população portuguesa e é uma causa importante de diminuição da qualidade de vida. Deve evitar-se o pensamento redutor de encarar a doença como apenas um problema estético, uma vez que as suas complicações, como tromboses, hemorragias e úlceras, são muito graves.
Sendo evolutiva quando não tratada, a sua progressão pode e deve ser impedida e isso implica inicialmente a consciencialização de que é uma doença e, como tal, deve ser precocemente diagnosticada e tratada.
O compromisso da qualidade de vida é de tal forma importante que pode conduzir a vergonha em expor as pernas, constrangimentos, incapacidade de realizar atividades que impliquem estar muito tempo de pé por cansaço extremo, com consequente perda da autoestima, isolamento e depressão.
Os sintomas são formigueiros, dor, ardor, cãibras, sensação de pernas pesadas, edemaciadas e/ou cansadas. Este mal-estar nas pernas é agravado pelo calor, pior ao final do dia e após ter passado muitas horas sentado ou de pé parado.
O laser transdérmico é um dispositivo médico que usa um feixe de laser para emitir ondas de calor através da pele. O aparelho é extremamente seletivo e tem como alvo as pequenas veias que pretendemos eliminar, poupando os tecidos envolventes.
Os protocolos médicos mais modernos e atuais recomendam a utilização desta tecnologia para varizes de menores calibres (“derrames” e “aranhas” vasculares). Ela pode ser usada isoladamente ou em associação com outras técnicas, potenciando ainda mais os seus benefícios. A associação de outras técnicas e o ajuste rigoroso dos parâmetros de energia utilizados permite que o tratamento seja seguro, confortável e eficaz, desde que realizado por um Cirurgião Vascular experiente. Após uma detalhada avaliação em consulta, é elaborado um plano de tratamento meticuloso para cada situação, com explicação de todos os passos necessários e esclarecimento de dúvidas.
O laser transdérmico é eficaz, minimamente invasivo e oferece resultados rápidos. Ajuda a eliminar pequenos vasos, melhora a aparência das pernas e previne complicações como tromboses e úlceras.
Pessoas com derrames, “aranhas” vasculares ou varizes de pequeno calibre, especialmente se sentem dor, inchaço ou cansaço nas pernas.
O tratamento é geralmente bem tolerado. Pode causar algum desconforto leve durante a aplicação, mas é considerado seguro e confortável quando realizado por um cirurgião vascular qualificado.
Cada sessão de laser pode durar entre 15 a 45 minutos, dependendo da extensão das veias a serem tratadas. O número de sessões necessárias varia de acordo com cada caso.
Após o tratamento, recomenda-se evitar a exposição solar direta, usar meias de compressão, e manter a área tratada hidratada. Atividades leves podem ser retomadas logo após a sessão.
Este instrumento é mais indicado para varizes de pequeno calibre, como derrames e aranhas vasculares. Varizes maiores podem necessitar de outras técnicas, como escleroterapia com espuma ou mesmo cirurgia.
Sim, o laser pode ser utilizado em combinação com outras técnicas, como escleroterapia, para otimizar os resultados e garantir um tratamento mais completo e eficaz.
O laser transdérmico está disponível em clínicas especializadas em Cirurgia Vascular, como o Trofa Saúde Braga Centro, onde médicos experientes avaliam e personalizam o tratamento para cada doente.
Médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular
